segunda-feira, 30 de abril de 2012

QUITO FORMIGA E OGAN JUVENAL - JUNTOS PELO MESMO IDEAL

Hoje tive o prazer em bater um papo com uma pessoa que gosto muito, falo do Ogã Juvenal, que faz um trabalho muito bonito e competente na região de Guarulhos junto a Umbanda e Umbandistas. Desejo toda sorte a você amigo e parabéns pelo trabalho. Muita luz.
Quito Formiga - Vereador da Camara Municipal de São Paulo

segunda-feira, 23 de abril de 2012

IYALORIXÁ IYÁ OTACILIA DE YEMANJÁ

Seria injustiça de minha parte, falar da Festa de São Jorge, e não citar uma das diretoras mais antiga da União de Tendas, minha mãe carnal, Iyalorixá Iyá Otacilia de Yemanjá, minha mãe acompanha Pai Jamil a mais de 40 anos e participa de todos eventos realizados por nossa federação, ela é enfermeira parteira aposentada, e teve a grata honra de fazer treis partos nos dias de eventos da Festa de Yemanjá, uma das mães estava na beira d'água pronta para dar a luz, foi onde chamaram minha mãe as pressas, que observando a parturiente disse que não daria tempo de chegar ao hospital, então ali depois de poucos minutos esta pessoa da a luz, a uma linda criança, que ali mesmo foi batizada de Janaina, causos, né, como não poderia deixar de ser, na ultima festa em homenagem a Ogum nos seus 50 Anos, minha mãe fez um parto, na enfermaria do Ginásio do Ibirapuera, este foi para consagrar, aliás se a mãe ou pai da criança estiver lendo esta história, por favor entrem em contato, pois nunca mais tivemos noticias.
Deixei por ultimo um caso inédito, no dia 7 de setembro de 1986, estávamos realizando a reunião mensal da União de Tendas em nossa sede, e neste dia a esposa do Pai de Santo que iria receber seu diploma, entra em trabalho de parto, foi uma correria só naquele dia, mais uma vez minha mãe constatou que não daria tempo de chegar ao hospital, apesar de estarmos perto do Hospital das Clinicas, o parto foi realizado ali mesmo na salinha anexa ao escritório do Pai Jamil, já viram tudo, acabou com a reunião, o pai da criança não se contia de alegria, Pai Jamil nervoso rs. O pai da criança pediu que Pai Jamil Rachid desse o nome de batismo da criança um menino, que foi chamado de Aridan, ficou marcado então que o batizado do Aridan seria no dia 6 de outubro, e todos os diretores seriam conclamados padrinhos do Aridan, mais a história não acaba ainda, dia 6 de outubro batizado do Aridan, todos nós naquela festa, blá bla, bla, minha cunhada liga na federação dizendo que a minha esposa estava entrando em trabalho de parto, pois é, saímos correndo da federação, chegando em casa e minha mãe fez o parto do seu primeiro neto, meu filho, Júlio Henrique, pois é, temos muitas histórias a relatar, da para mais de um livro rs. Vejam minha mãe com o Aridam no colo depois de um mês de vida. Parabéns Mãe Otacilia Grande Baluarte e Decana de nossa Umbanda,65 (Sessenta e cinco anos de Umbanda).

VAMOS SARAVÁ OGUM !!!!!!!!!!!!!!

Há 54 anos a União de tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil, realizava a primeira festa em homenagem a São Jorge. As primeiras festividades foram em locais fechados, no terreiro onde Pai Jamil e seus irmãos de santo mantinham em São Miguel Paulista, hoje poucos sabem mais nossa religião era muito perseguida pelo clero, ou seja, a igreja católica não aceitava nossa umbanda de maneira alguma, então por isso sofremos muitas perseguições pela policia, a chamada Força Publica, onde nossos lideres religiosos eram presos por vadiagem.
Onde tudo começou; Num dia de trabalho neste terreiro em São Miguel Paulista, Pai Jamil e os médiuns da casa receberam uma mensagem de Exu “Ogum diz, façam uma grande procissão saiam para a rua e me levem na frente” Todos ficaram abismados com certa mensagem, pois sabiam que se saíssem para a rua todos de branco era cadeia na certa. Mais incentivados pela fé fizeram uma linda procissão e colocaram a imagem de São Jorge em um andor aonde ele ia abrindo os caminhos para os médiuns. Ouvi esta narração de várias pessoas, inclusive de Pai Jau que em certa ocasião me fez este relato todo orgulhoso e emocionado por ter participado deste ato. Não tirando o mérito de nossos Orixás e de nossas entidades a festa de São Jorge no Ibirapuera foi uma das grandes responsáveis pelo crescimento e divulgação de nossas religiões de Umbanda e de candomblé, como eu dizia em meus discursos, neste dia o Ginásio do Ibirapuera se tornava o maior Templo de Umbanda do mundo, vejam que é plena verdade.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

PAI JOAQUIM E PAI MANÉ



Há algum tempo atrás, eu estava num seminário fazendo uma palestra sobre os Pretos Velhos, e eu fiz um comentário sobre este ponto:
“Pai Joaquim, cadê Pai Mané
  Ta na mata colhendo guiné
   Diga a Le que quando vier
   “Que suba a escada e não bata o pé”

Esta cantiga, ou como queiram, este ponto, fala destas duas entidades maravilhosas de nossa umbanda, Pai Joaquim e Pai Mané que eram dois excelentes curandeiros, e cuidavam de todos, os negros com muito carinho.
 “Certa vez na senzala, o filho do dono da fazenda ficou muito doente, o fazendeiro muito rico, mandou vir médicos de todas as partes, mais nenhum deles resolveu o problema daquela criança, foi ai que então a escrava, a ama de leite da criança, falou para a esposa do fazendeiro, que o Pai Joaquim e o Pai Mané poderiam curar a criança com suas rezas e com suas ervas, a esposa do fazendeiro falou jamais, meu marido me mataria se souber que um negro escravo pois a mão em meu filho. Mais a negra foi muito insistente até que conseguiu convencer a patroa em deixar os escravos a cuidarem da criança. Daí vem à primeira parte da cantiga (desculpem mais falo cantiga, rs), a negra escrava pergunta ao Pai Joaquim onde esta o Pai Mané e ele responde, ele foi para a mata colher a guiné e as outras ervas para podermos cuidar da criança, é ai que a escrava fala pro Pai Joaquim avisar o pai Mané, quando chegar a casa não bater o pé, não fazer barulho para o fazendeiro não saber que eles estão ali. Então os dois curandeiros conseguem curar a criança, e ai vem à segunda parte da cantiga, onde todos os negros da senzala homenageiam aos dois, dizendo que vieram de tão longe para trazer a cura para os necessitados. “Pai Joaquim êê, Pai Joaquim ê a, Pai Joaquim vem la de Angola, Pai Joaquim vem de Angola , angola”. O mais curioso disso tudo, é que a criança foi curada, e ninguém teve a coragem de falar para o fazendeiro que foram os dois escravos que curaram a criança. Vcs viram uma cantiga tão simples, mais com muito fundamento. Quando eu narrei esta história no seminário teve gente que chorou de emoção, é isto ai, a humildade dos nossos Pretos Velhos, rezadores e curandeiros.
                                                                           Adorei as Almas Ogan Juvenal   

terça-feira, 3 de abril de 2012


Democracia é escolha
Respeito é democracia
Liberdade é respeito

            Como todos sabem estou há mais de trinta anos trabalhando em prol das religiões de matrizes africanas, onde meu único objetivo sempre foi acabar com o preconceito e mostrar o quanto somos responsáveis pela história e cultura de nosso país através de nossos rituais e nosso amor aos Orixás e Guias.
            Como nossos queridos Pretos-Velhos me ensinaram devemos sempre respeitar o livre arbítrio e as escolhas das pessoas.
            Venho a público fazer um agradecimento a uma pessoa que trabalhou comigo, mas que agora irá trilhar novos caminhos.
            Essa pessoa esteve diretamente ligada a mim e, comigo visitou várias casas e pôde testemunhar meu trabalho de perto e sabe o quão é importante pra mim a nossa religião e a vontade que tenho de fazer com que nossos sacerdotes, médiuns, ogans, ekedes, e assistentes sejam respeitados pelas suas escolhas e não serem alvos de acusações e preconceitos.
            Comigo ela viu o quão nossa religião é bonita e é feita por pessoas abençoadas, por pessoas que acima de tudo respeitam o próximo.
            Ela pôde conhecer desde os nossos mais velhos que tanto lutaram como os jovens que têm sede de dar continuidade as tradições de nossas religiões.
            Hoje ela não se faz presente nessa minha caminhada diária junto aos Templos Religiosos, caminhada esta que faço a minha vida inteira e que continuarei com a benção de Meu pai Ogum, pois ela quer desenhar sua própria estrada.
            Assim, desejo a você Mislene Lopes, que Ogum abra seus caminhos e que lá na frente, quando olhar para a estrada que você escolheu tenha orgulho de tê-la feito com respeito ao próximo, dignidade com você, ética e humildade, atendendo aos ensinamentos de nossos Pretos-Velhos.
            Obrigado pelo trabalho realizado e saiba que a vida é uma grande escola, tenha certeza que você terá muito a aprender como eu também aprendi e continuo aprendendo diariamente.

                                           Obrigado Ogan Juvenal
           
           
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