Opinião sobre Ogan Juvenal

Polêmico, o fato é que esse “jovem rapaz” (como é na maioria das vezes mencionado pelos Decanos) Ogan Juvenal é um nome forte dentro de nossa Umbanda.

Responsável por eventos importantes e grandiosos leva o nome da Umbanda em todo lugar que comparece, com grande propriedade no assunto e com o dom da fala, esteve à frente, por 35 anos da maior festa umbandista de todos os tempos, em homenagem a São Jorge, Orixá Ogum, no Ibirapuera.

            Não menos importante e tão grandioso quanto, também se faz presente nas festividades em homenagem a Iemanjá, na Praia Grande, onde organiza junto a Prefeitura daquela cidade toda a logística do evento, bem como se mantém presente nos encaminhamentos dos Templos que comparecem, em nome da União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil, não se furtando da responsabilidade junto às demais Federações.

            Muitos são os eventos, escolas de curimbas e federações que contaram com o apadrinhamento deste Ogan, seja na elaboração, seja no aconselhamento, seja como mestre de cerimônia.

            Ele não distingue quem o procura. Não importa se é um filiado de Federação ou não, se é um sacerdote ou um abiã, com aptidão ímpar tem como padrão orientar todos que o procuram, nos mais diversos assuntos relacionados à religião.

            Contestador nato também não se furta em opinar contrário a comportamentos que diferem de sua doutrina ou que podem de alguma forma por em dúvida a seriedade da religião umbandista.

            Não faz questão de ser o centro das atenções, muito menos espera o reconhecimento das pessoas, porém não passa despercebido, no meio do exército de branco.

            Com maturidade e tempo de santo (31 anos), não menospreza os que estão iniciando sua jornada, também não ignora os que têm muito a aprender, porém não tolera os que não respeitam os mais velhos, não admite a falta de humildade, pois, apesar de sua imponência e postura altiva, sua alma é humilde e seu aprendizado é levado à risca.

            Nome reconhecido nos mais diversos lugares, só dá importância àqueles que levam a sério à religião umbandista.

            No Candomblé, homem respeitado pelo cargo que ocupa e reconhecido pelos irmãos do Axé. Aos que não o reconhecem, entendo que não estão dentro da doutrina dessa religião vinda da África e não respeita a hierarquia, muito menos o tempo dentro do Axé.

            Tudo que é feito por este homem tem como único objetivo agradar aos Orixás e, nem sempre é visto da mesma forma por nós, simples mortais. Por isso esse homem, por vezes é posto a prova através de palavras creditadas em seu nome, as quais não correspondem com a verdade e, nem sempre o dão o direito do esclarecimento, fazendo pré-julgamentos errôneos sobre seus verdadeiros pensamentos.

            Assim, termino esse pequeno relato, que é a minha visão de um dos nomes mais importantes entre os decanos e a nova geração umbandista e do candomblé.

            Aos que têm o privilégio de conviver com este homem, sabe do que estou falando.

            Aos que querem conhecer, livrem-se dos pré-julgamentos e aceite que, sem os mais velhos não há como eternizarmos nossa história.

            Por fim, uma última observação:

            É sempre bom ouvirmos só os elogios, mas quem nunca nos contesta não é, exatamente, a pessoa que precisamos ao nosso lado para crescermos.

            Quem corrige, ama!

Selmi