segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O Dia do Espirita



O Dia do espírita foi criado, tendo como inspiração a partida do nosso maior expoente, o grande e querido amigo Chico Xavier, que faria 101 anos no dia 30 de Junho de 2011.
Mais que uma data comemorativa, O Dia do Espírita virou lei para que possamos ter a oportunidade de refletir sobre os nossos papeis junto aos nossos irmãos de jornada.
Já dizia o saudoso Chico “Somente fazendo o bem para o próximo, estaremos firmes no propósito da evolução espiritual”.
Chico Xavier nos orientou e ensinou, o quanto é importante o aprimoramento da alma e que o caminho da verdadeira evolução passa necessariamente pelo servir com humildade. Ele buscou sempre nos lembrar o quanto podemos ser úteis se buscarmos o bem daqueles que sofrem e se desesperam diante da falta da esperança e fé no futuro.
Claro que o “O Dia do Espírita” é um dia de comemoração, uma data que homenageia todos os espíritas, porém, é principalmente um dia de oração, de aperfeiçoamento da alma e de renovação dos nossos compromissos com o plano espiritual.
O Dia do Espírita é o nosso dia.
Uma data especial, uma manifestação de amor.
Vamos juntos comemorar e orar.
Nossos caminhos se abrem a cada dia, na medida em que temos novas oportunidades de militar o bem.
Sigamos em frente, felizes e certos de que nosso querido Francisco Cândido Xavier, o nosso Chico, sempre estará entre nós.
Dia do Espírita dia 30 de Junho, Quito Formiga Autor da Lei Municipal 14.485/2009 que criou o Dia do Espírita.
Gostaríamos de agradecer o nosso querido irmão Quito Formiga por mais esta iniciativa em favor de nossa religião.
                                                                 Axé   

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

AS LEIS DA ESPIRITUALIDADE


 
AS LEIS DA ESPIRITUALIDADE


Para o Umbandista, acreditar na sobrevivência do espírito é o resultado natural da prática religiosa, é a pedra sobre a qual se assentam as três leis básicas que governam os destinos da humanidade: a lei da Evolução, a da Reencarnação e a do Karma. A compreensão profunda dessas leis, fruto da reflexão e da vivencia em que o nosso Templo de Umbanda desempenha o papel de tão linda escola, proporciona elevação espiritual e explica o sentido de nossa missão.

A Lei da Evolução

Lentíssima nos parece à evolução. Quando observamos através da história a vida dos povos e das nações, chegamos a pensar que a humanidade se tornou inconsciente e irresponsável, e que os homens marcham muito devagar em busca do objetivo para o qual foram criados. Isto acontece porem, porque vivemos e pensamos em função do tempo e do espaço, mas estes são em realidades puras ilusões dos nossos sentidos.

Dentro do tempo e do espaço, somos verdadeiros caranguejos a carregar nas costas a nossa casa, andando ora para frente ora para trás. Mas, se atentarmos para o que efetivamente somos como vidas libertas fora do tempo e do espaço, sentiremos estar caminhando a passos gigantescos para a nossa perfeição. Como seres finitos, estamos sempre marcando passo, mas como almas eternas e infinitas, estamos voando e vivendo neste eterno movimento.

Podemos encarar a lei da evolução sob dois aspectos. Primeiramente, pela descida do espírito à matéria, e segundo, pela sua libertação da mesma.

Na sua descida para a matéria, o ser penetra cada vez mais em formas mais grosseiras, complica a sua situação de alma livre, limita a plenitude de sua consciência. Como o desbravador que penetra nas matas para abrir caminho em busca do sol que brilha do outro lado, assim ele se envolve num turbilhão de formas das grosseiras às mais sutis, das mais feias às mais belas, até conseguir dentro da matéria sentir a própria vida, a vida da divindade que esta como um farol a iluminar o seu caminho, ou como um ferrão a empurrá-lo para frente. O homem descobre que esta andando ora mais depressa, ora mais lentamente, porem que a estrada esta aberta.

Segundo a lei da evolução, o espírito desce na matéria, passando pelo reino Elemental, mineral, vegetal, anima e humano, criando, ao longo desse caminho, uma situação cada vez mais favorável a obter o conhecimento de sua existência própria e de sua vida individualizada. Finalmente atinge o estagio da iniciação. Então a consciência já liberta sente a atração da espiritualidade e inicia a sua verdadeira comunhão com ela.

É nesta etapa que o homem se torna consciente das suas responsabilidades e principia a voar para o infinito em busca da luz.

Pela resistência encontrada nas limitações da forma, as almas vão se tornando conscientes e responsáveis do papel de representar no grande plano da evolução.

O conhecimento da Lei da Evolução espiritualiza o homem, porque ele percebe que esta personalidade que tem é provisória e obedece às determinações de uma consciência superior que, se for despertada, poderá levá-lo ao alto da montanha, suave como um barco que desliza num barco azul, manso e sereno.   

A Lei da Reencarnação

A lei da reencarnação não é uma descoberta nova. Desde milênios, a história, as religiões e as filosofias, das mais antigas do Oriente e do Ocidente, falam que as almas renascem em corpos mortais. Se lermos as escrituras antigas bem como a literatura dos povos antigos, veremos que se basearam nesta lei maravilhosa, que não limita a vida espiritual entre o berço e o tumulo.

No século passado, o Espiritismo e a Teosofia proporcionaram ao mundo ocidental o conhecimento desta lei. O Espiritismo, pelos fenômenos que provam a continuação da vida depois da morte. A Teosofia, criando uma literatura mista oriental-ocidental e fazendo este magnífico trabalho de ligar o Ocidente ao Oriente, e como as religiões e filosofias orientais são todas reencarnações, a sua divulgação trouxe para o Ocidente os benefícios desse conhecimento.

Como conseqüência, a humanidade atual adquiriu um novo modo de entender a vida e os problemas religiosos e sociais, a alma sabe que se semear ventos colhera tempestades, e se semear boas arvores frutíferas colhera bons frutos. Esta igualdade ciente de que todos somos iguais, porque a cor da pele, a raça ou a nação em que ela nasce ou o sexo a que pertence são formas que mudam rapidamente de uma encarnação para outra, podendo sofrer as conseqüências do mau uso ou abuso de sua raça, sexo ou posição social.

O homem torna-se, assim, consciente de ser uma alma em evolução. Aceitando essa lei, ele tem diante de si um caminho mais amplo a seguir, que o leva ao sentido real dos princípios de fraternidade e igualdade.

Neste vaivém constante da alma trocando corpos, existe uma continuidade que leva sempre para frente. Não há possibilidade de volta para trás e, embora numa existência os erros pessoais sejam graves e os males causados a outros os piores possíveis, ela estará progredindo sempre. Em meio das falhas da personalidade, esta oculto aquela partícula divina escondida pelos seus erros, porem, em determinados momentos, o espírito reflete na personalidade a sua divindade.

Os erros praticados formam o mau Karma para a encarnação futura, mas as dores, os remorsos, o arrependimento bem como os sentimentos de amor, embora egoístas e grosseiros, levarão a alma mais perto da luz, que brilha no cosmos e reflete no seu interior.

A vida de uma alma é como a existência da lagarta que, desejando o contato mais direto com o sol e a terra, se cria dentro de uma casca para se libertar dela depois pelo próprio esforço.       

Com o passar dos séculos e as experiências adquiridas, sua vida vai se modificando, e aquele que foi um selvagem semi-animal se transforma no pai amoroso no pai amoroso e gentil, no esposo afetuoso, na mulher dedicada e carinhosa, até se tornar um grande ser, amante e auxiliar de toda a humanidade.

A Sabedoria Divina esta sempre presente. Ela sabe o que somos e trará para o consciente tudo o que for útil a nossa evolução. Esperemos que tal acontecimento se dê, vindo do interior do nosso ser, procurando, a cada nova experiência, tirar o máximo de proveito em aprendizagem, compreensão, sabedoria, humildade e harmonia.

A Lei do Karma

Karma é uma palavra sânscrita difícil de traduzir, que significa, ao mesmo tempo, ação e reação. É a lei de causa e efeito, que fica mais clara quando pensamos no dito popular; “Quem semeia ventos colhe tempestades”. Ao homem trás ela a consciência de que nada ocorre por acaso, de que nenhuma palavra má deixa de ter conseqüências ruins. Da mesma forma, um simples sorriso enviado a alguém produz momentos de alegria a quem o enviou.

É importante compreender estes dois aspectos do Karma, o negativo e o positivo, porque é comum falarmos sempre de Karma como uma má herança, esquecendo-nos que o Karma também é a boa herança.

Quando o individuo age bem, não só cria bom Karma futuro, como anula maus Karmas anteriores. Assim, se um homem sofre as conseqüências de uma limitação pessoal que o impede de melhorar suas condições matérias ou espirituais e se esforça por ser útil em vez de se conformar passivamente com a sua limitação, ele melhora suas futuras possibilidades Kármicas. Colaborando na evolução alheia, libera forças que poderão muito antes do que se espera libertá-lo do mau Karma, com resultados benéficos em sua vida material, moral e espiritual.

Quando age em beneficio próprio, muitas vezes prejudicando os outros, o individuo faz mal Karma, mas esta agindo e provocando movimento. E como toda ação gera uma reação igual, sua atitude lhe trará como resultado o sofrimento que o levará aparentemente para trás, porem este sofrimento será um impulso para que ele vá novamente em frente. É como o corredor que, dando um passo atrás, ganha força e muitas vezes consegue vencer passando os outros que estavam à sua frente. Pior colheita é a daquele que, com medo de perder, permanece passivo.          

As lutas, guerras e revoluções sociais tem como maiores responsáveis aqueles que comodamente se isolam, vivendo unicamente de si para si, numa atitude passiva, sem se preocuparem nem mesmo com o seu destino. São águas paradas que, ao invés de correrem para produzir força e energia, tornam-se prejudiciais a saúde. É da energia individual combinada com a de outros que se forma a sociedade, com princípios bons e maus.

Deduzimos daí que a dois tipos de Karma, o individual e o coletivo. Como o individuo é apenas uma parcela da coletividade, e existe um principio comum a todos, ninguém pode evoluir independentemente. Se faz parte de um todo, sua ação se reflete nas demais partes e estas se refletem nele.

A ação e reação do Karma agem independentemente nos níveis da ação, do sentimento e do pensamento. Daí a existência de Karma físico, emocional e mental, que podem ser deferentes entre si.

Dos três Karmas, o que merece nossa maior atenção é o mental. Como a matéria do plano mental é mais sutil, ela age com mais rapidez, portanto, é mais fácil realizar bom Karma mental do que os outros, mas também é mais fácil realizá-lo mau.

Um individuo com mau Karma físico ou emocional, porem com boas possibilidades mentais, poderão vencer o Karma com toda a rapidez, ao passo que o dotado de bom Karma físico e emocional, mas limitado mentalmente, terá que pagar “Olho por olho e dente por dente”, até que seja capaz de atuar mentalmente para modificar as suas condições físicas e emocionais.

Isto significa que o homem se transforma naquilo que pensa o que nos ajuda a entender que o Karma não é apenas uma herança, mas um movimento ativo que vamos manifestando no decorrer da vida, não há exagero em dizer-se que a maioria dos sofrimentos do homem não provém de um passado longínquo, mas são produtos de insensatez da vida presente.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mãe Veronica Vasconcelos: Uma mulher guerreira e seu trabalho com a Aldeia Indígena Piaçaguera

Foto tirada no 7º encontro de curimbas e mediuns da FENUG no Teatro Adamastor em Guarulhos onde a Aldeia Indigena Piaçaguera se apresentou.




Hoje vamos dedicar nosso espaço para falar de uma pessoa encantadora, um exemplo de mulher, de caridade, humildade, compaixão e amor, que representa todos os sentimentos que emergem no final do ano: Veronica Vasconcelos Pereira de Oliveira. Mãe, mulher, guerreira, pessoa que representa  bem a nossa Umbanda, e que desenvolve um belíssimo trabalho de solidariedade ao próximo.
Mãe Veronica iniciou na religião com 14 anos de idade e ainda adolescente conheceu a importância de ser umbandista e praticar a caridade que a religião ensina. Há 38 anos está nesta caminhada carregando consigo no peito e em seu dia a dia a bandeira da Umbanda, mostra o orgulho de ser Umbandista. Baba de Umbanda há 19 anos é dirigente do Templo de Umbanda Caboclo Juremeiro, situado em Guarulhos, aonde vem desempenhando um trabalho excepcional com os índios.
Foi em abril de 1999 que por amor, afinidade e fascinação, ela se dispõe a colaborar e ajudar a Aldeia Indígena Piaçaguera em suas necessidades, promovendo festas Natalinas, como também arrecadando donativos de todos os gêneros como roupas, calçados, alimentos, móveis, roupas infantis, brinquedos, etc... Um trabalho lindo de solidariedade social.
Só na Baixada Santista, entre o Pico do Jaraguá, Santos e Bertioga são sete aldeias totalizando ao todo mais ou menos 3.760 índios.
Mãe Verônica é natural de Palmeiras dos Índios-Alagoas, se criou em Bom Conselho-Pernambuco, viveu próximo das aldeias de Águas Belas e as Aldeias de Alagoas.
Sua maior dificuldade, além de financeiras para investir em seu projeto “ADOTE UM INDIO”, está em construir e abrir creches para crianças carentes, uma vez que não encontra apoio suficiente para suprir suas expectativas em seus trabalhos solidários.
Seu tempo é totalmente dedicado à caridade e a obras sociais, por isso ela sempre diz: “Não me preocupo com preconceitos de crenças, pois não tenho tempo a perder com preconceituosos. Tenho muito que fazer com meu trabalho com os Índios e o povo da periferia de minha redondeza”.
Atuando lado a lado com Ogan Juvenal, ambos de mãos dadas lutam por mais respeito, dignidade e liberdade de expressão, Mãe Veronica aonde vai carrega a Bandeira Da nossa Umbanda, em busca de uma vida mais digna para aqueles que necessitam, mostrando com seu trabalho que a nossa religião faz caridade, que somos merecedores de respeito, que devemos ser ouvidos, que merecemos ter nosso espaço na sociedade e que somos capazes de transforma a vida de muitas pessoas para melhor.
Seu trabalho deve ser reconhecido, por isso convidamos a todos a fazerem parte desta equipe de solidariedade, de apoio ao próximo.
Dia 17 deste mês, Mãe Veronica irá realizar o Natal dos índios na Aldeia Indígena Piaçaguera - Itanhaém/SP. Para conhecer o trabalho dela e fazer a doação de brinquedos para as crianças indígenas, entre em contato com ela pelos telefones (11) 2482-1604 (11)8762-6019 (11)6480-5563. Pode ser um brinquedo usado em perfeito estado. Tenha certeza  sua colaboração vai fazer um pequeno curumim sorrir.

Confiram no vídeo abaixo O trabalho da Mãe Veronica no Natal do ano passado realizado pelo seu Templo de Umbanda Caboclo Juremeiro:


Axé!


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