Não existe oposição quando não se tem situação.
Não existe partido e política quando não se tem projetos.
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Oposição eram somente os que não praticavam as leis e, portanto não eram religiosos, ou não faziam parte da religião.
De lá pra cá muitas coisas mudaram e a política e religião se tornaram distintas onde os partidos não nasciam das religiões e as religiões não se fundiam aos partidos.
Por anos as religiões se afastaram da política entendendo que essa era melhor forma de se evangelizar e se abstiveram das decisões que envolviam diretamente seus seguidores e fiéis.
Mas o tempo, as necessidades coletivas, o preconceito, as divergências e os ideais mostraram que política e religião devem sim andar de mãos dadas e trabalharem juntas pensando no bem maior: seus seguidores e fiéis que são cidadãos e eleitores.
Pensando dessa forma, muitas religiões tomaram parte desse processo e hoje representam, com louvor, aqueles que os seguem. Indicam seus representantes que trabalham pelo bem comum, dentro da ideologia de seu seguimento religioso.
Porém nesse processo todo, um seguimento religioso se omitiu, não quis por muito tempo ocupar seu lugar nesse universo chamado política e, o resultado disso tudo é que seus seguidores, apesar de ser uma massa de cidadãos não tem voz perante a sociedade política.
O resultado é que somos obrigados a nos esconder em nossas crenças, somos obrigados a nos omitir em nossos rituais e não conseguimos nos valer da palavra para nos defender.
Estou falando das religiões de matrizes africanas que por muito tempo, dentro de seus templos, proclamaram que nossas religiões não poderiam fazer política.
Como perdemos tempo, pois o tempo todo fazemos política para tocarmos nossa Umbanda e nosso Candomblé, evitando que as Leis, feitas por representantes político-religiosos não batem à nossa porta.
Então, meus queridos Babás, Bablawos, Ogans, Ekedes, Cambones, Curimbeiros, Médiuns e Assistentes das religiões de matrizes Africanas, será que não está na hora de pensarmos em política?
Será que não temos um papel fundamental perante as pessoas que nos procuram e nos reverenciam pelo cargo que ocupamos, pelas entidades e Orixás que cultuamos e cuidamos?
Será que não temos, na palavra, o poder de fazer com que as pessoas acreditem que há algo de bom nos esperando no futuro?
Até quando vamos acreditar que nos escondendo da sociedade seremos respeitados por ela?
Até quando vamos discursar como apolíticos sabendo que é a própria política que nos coloca como seres iguais e que estamos num estado laico, onde ninguém pode ser discriminado pela cor, raça, orientação sexual ou religião?
Pensem nisso!
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Axé a todos, Ogan juvenal